FRASE DO DIA

Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra, tudo o que sobra é resto e tudo o que é resto vai para o lixo.

O ínicio

Assim...Como um diário!
Como já havia, a muito, aberto uma conta, um blog, hoje incentivada por um "amigo", decidi iniciar as postagens, fiquei imaginando sobre o que escrever, o que as pessoas gostariam de ler, pesquisei, pesquisei...E vi que nessa imensa rede, já temos de tudo,tanto coisas que gostaríamos de ler, como coisas que nem gostamos de ficar sabendo, anúncios aos montes, notícias, besteiras, um pouco de tudo que nos rodeia durante cada instante em nossos dias; alguns comuns, e outros nem tão comuns a nós mesmos...Então, vou escrever aqui, sobre o que penso, o que vivo, minhas opiniões, ou falta delas...Assim mesmo que não seja do interesse de muitos, ao menos será de quem o faz.Apesar de que acredito que até seja interessante alguns momentos, já que costumo viajar demais com uma imaginação as vezes fértil, às vezes melancólica, outras hilárias, muitas ainda sem noção...E assim quem sabe um dia ainda consiga fazer o que até hoje não fui capaz... Me entender perfeitamente.

sábado, 7 de janeiro de 2012

DESPEDIDA


Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

Martha Medeiros